sexta-feira, 29 de julho de 2011

MPF QUER PARALISAR O ENTERRAMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS FEITO PELA MAUÁ

MPF EM LONDRINA PEDE PARALISAÇÃO DO ENTERRAMENTO DE RESÍDUOS VEGETAIS NA ÁREA DA USINA MAUÁ



O Ministério Público Federal em Londrina expediu, na última quinta-feira (21 de julho de 2011) - e só divulgado à imprensa nesta quarta-feira (27 de julho de 2011) -, recomendações ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (CECS), para paralisarem imediatamente o enterramento de resíduos vegetais na área do futuro reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá, no Rio Tibagi, entre Telêmaco Borba e Ortigueira.

No caso da opção em manter esta prática, o MPF recomendou que a continuidade dos trabalhos deve ficar condicionada à apresentação de estudos que garantam a segurança em relação à qualidade da água após o enchimento do reservatório e operação da usina.

Em março de 2011, o MPF realizou visita às áreas de supressão de vegetação da Usina Mauá juntamente com representantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Funai e ong Meio Ambiente Equilibrado (Ong MAE). Na ocasião, constatou-se o enterramento de resíduos vegetais (toras de madeira leve, galhos, folhas e serapilheira) dentro da área do futuro reservatório.

O MPF entende que a técnica utilizada na UHE Mauá pode gerar sérias interferências na qualidade da água, como aconteceu na UHE Serra do Falcão, onde foi utilizada esta prática e aconteceu um desastre que ocasionou a morte de 4,7 toneladas de peixes pela drástica diminuição de oxigênio dissolvido, devido a poluição por matéria orgânica. Há grande probabilidade deste desastre ter relação com o enterramento do material orgânico.

O IBAMA, IAP e CECS têm um prazo de cinco dias úteis para informarem ao MPF quanto ao atendimento das recomendações.


Fonte: Assessoria de comunicação - Procuradoria da República no Estado do Paraná

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