sábado, 16 de julho de 2011

PRF PRENDE TRAFICANTE DE PÁSSAROS EM PONTA GROSSA


Cerca de 961 pássaros silvestres foram apreendidos na madrugada de sexta-feira, em Ponta Grossa, por policiais militares da 3ª Companhia do Batalhão de Polícia Ambiental. 

Os animais estavam no porta-malas de um carro, sendo que 141 aves já se encontravam mortas por maus tratos. Do total de pássaros apreendidos, havia 754 pintassilvos, 140 trincaferros, 25 canários da terra, 28 azulões, nove sangue-de-boi, três biquinho-de-pimenta, um xexeu e uma gralha azul de peito amarelo.

O crime foi descoberto pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) depois de o motorista colidir na traseira de um caminhão na BR-376, na altura do Trevo Eurico Batista Rosas, próximo ao bairro Nova Rússia.

O comerciante Jorge Pedro da Silva, de 32 anos, residente na cidade de Francisco Morato, em São Paulo, afirmou que havia pego os pássaros em Curitiba e estaria levando para o estado de São Paulo em troca de R$ 500. Ele foi encaminhado ao Pronto Socorro Municipal para atendimentos médicos e, posteriormente, levado ao Posto de Polícia Ambiental de Vila Velha onde assinou termo circunstanciado. Ele foi autuado por infração ambiental no valor de R$ 480,5 mil. “Foi aplicada uma multa de R$ 500 por pássaro ao acusado. Como a pena prevista é inferior a dois anos de reclusão, não é possível mantê-lo preso. Também foram encontrados mais 100 pássaros feridos. Eles serão avaliados e encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Curitiba”, afirma o sargento Carlos Alberto Lange. Os demais animais passaram por avaliações e foram liberados para a natureza.

O valor da multa é estabelecido de acordo com a lei de Crimes Ambientais (9605/98) e Decreto 6514/08 sobre Infrações e Sanções Administrativas ao Meio Ambiente, que ratifica que, o valor da multa varia entre R$ 50 a R$ 50 milhões a toda ação ou omissão que viole as regras de gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

O Comandante da Unidade, tenente-coronel Daniel Jacinto Berno, suspeita ainda que exista uma rede interestadual de tráfico de animais silvestres. “É possível que exista uma rede de tráfico de aves”, diz Berno. “Os pássaros estavam em caixas de sapato dentro do porta-malas de um carro e devido a isso muitos deles estavam mortos quando encontrados”, esclareceu o tenente Henrique de Sá Ribas, comandante do Pelotão de Polícia Ambiental de Ponta Grossa.

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