segunda-feira, 16 de maio de 2011

MUNICÍPIOS CRIAM ATRATIVOS PARA CONQUISTAREM MÉDICOS

PREFEITURAS TENTAM DRIBLAR A FALTA DE MÉDICOS NA REDE PÚBLICA E A OFERTA DE ALTOS SALÁRIOS PODEM NÃO SER SUFICIENTES.

O desinteresse dos médicos para trabalhar no interior obrigou os municípios adotar medidas emergenciais ou mesmo drásticas. Prefeituras promoveram concursos públicos relâmpagos, elevaram os salários a patamares, em muitos casos, superior ao padrão socioeconômico das cidades ou até mudaram leis municipais.

Tudo para despertar o desejo dos médicos em permanecer nas cidades. O município de Telêmaco Borba, na região central do Paraná, abriu 13 vagas para médicos do Programa Saúde da Família (PSF), com salário de R$ 8.599.

O salário oferecido, para efeito comparativo, é maior à remuneração oferecida aos agentes da Polícia Federal. No concurso, o município oferece ainda outras 12 vagas para médicos de várias especialidades, cujo menor salário passa os R$ 5 mil.

Carência:

“O alto salário é justificável pela carência de profissionais na área de saúde”, salientou o secretário de Saúde, Ricardo Arcanjo. O salário oferecido em Telêmaco Borba é superior aos grandes centros urbanos. Em São Paulo, por exemplo, com quase 11 milhões de habitantes, o salário para médico do PSF é de R$ 7,5 mil.

Três concursos - Mas o município é uma exceção. A maioria das cidades pequenas não consegue adequar os salários para atrair os profissionais médicos. Isso acontece em Munhoz de Melo (a 45 km de Maringá), com 3.688 habitantes. O maior vencimento é o do prefeito, cerca de R$ 4 mil mensais.

Como saída, a prefeitura, em gestões anteriores, promoveu três concursos públicos para contratar médicos, mas não houve candidatos. Outra tentativa, sem sucesso, foi a redução da carga horário de trabalho. Por fim, a prefeitura contratou uma empresa prestadora de serviços médicos, cancelando, depois,o contrato.

Após tantos problemas, Munhoz de Melo finalmente regularizou o atendimento à população. "Hoje temos sete médicos, entre clínico-gerais, pediatra e ginecologista, três deles concursados", afirma o secretário da saúde, Mauro Sérgio Araújo.

(Megafone - Pedro Lichtnow)

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